sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Psico-análise.

E o sangue ainda corre, corre quente, rápido, com cheiro de sangue! Você, criatura que sequer existe, que sequer sonha, que sequer sente, jamais seria capaz de me derrubar! Como a pulga que só consegue provocar o mal estar de uma coceira passageira; como uma brisa fraca num dia de calor insuportável, que de nada adianta; como um inseto nojento que sai do esgoto e de tão nojento e gordo não consegue voltar pra lá sem antes sujar tudo por onde passa, você, criaturinha despresível que o destino, de tão bom, não me fez nem ter o desprazer de conhecer, você não foi capaz de causar nem mais que uma semana de estragos! Sabe por quê? Porque com a mesma intensidade que caio, eu me levanto. Com a mesma força com que seres escrotos como você saem do nada para nada fazerem, eu sei me deitar olhando os ponteiros de um relógio que marca os segundos e vomitar todo o meu ódio, destilar todo o meu veneno, limpar minhas glândulas, salvar meu tecido do seu câncer e me levantar dali de alma lavada, exatamente como se nada, nadinha, nadica de nada tivesse acontecido. Para pessoas como você só digo uma coisa: volta pro mar, oferenda! Nada como um dia após o outro; uma conversa após a outra e ver a verdade que vem da íris humana. Amém!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O grito que ninguém escuta e só faz barulho dentro de nós mesmos!

Eu só sinto vontade de escrever quando as coisas não vão tão bem. Essa foi uma coisa realmente verdadeira de se ouvir, e de dizer...É uma forma boa de limpar geral, de por pra fora, de gritar para bem mais além que nossas próprias paredes. Há algum tempo existe dentro aqui do peito uma angustia perturbadora. Como a pessoa que procura uma pedra aqui, outra ali, na tentativa de passar à outra margem do rio...de um rio que nunca para! Mas a sensação desse momento, que só agora a ficha ta caindo, é a de que no meio da travessia, quando eu já tava estufando o peito num misto de coragem e esperança de que tudo ia dar certo, veio alguém e detonou uma dinamite bem ali pertinho de onde eu estava. Uma explosão tão violenta, com um deslocamento de ar típico e assustador, que me arremessou com toda a força pra muito longe daquele que era o meu objetivo. A explosão foi tão forte que estou desacordada até agora! Tal como um átomo submetido às experiências insandecidas dos homens, eu explodi! Virei caco, virei nada, virei pó. Dentro aqui do que restou ficou só uma pessoa com pensamentos autodestrutivos: sentir tudo, ao máximo, pra ver se pelo menos assim me sobra o gosto de um pouco de vida. Desilusões são simplesmente constantes. Umas suportáveis, outras dinamitadoras de sonhos. Agora o que resta de mim? Só posso dizer que pode ser que reste alguma coisa, mas no momento, pelo menos por agora, por um tempo, se isso fosse possível, eu não gostaria mais de viver!